domingo, 30 de dezembro de 2007

FUTURO A350 - Há por aí coisa mais linda ?

 

Vá lá! Sacode as nuvens!

2007 O NEVOEIRO - 2008 A NEBELINA

... "Um pouco mais de sol" - precisa-se!

"Pôr do Sol 'hazy' em Abu Dhabi. " Foto do Cmte Carlos Silva retirada do Linha da Frente(link à direita).

 

Politicamente foi um ano de um ruído ensurdecedor. Tantos "opinion-makers"mascarados de independência, argumentando  o óbvio e venerando o omnipresente Big Brother. Tanta "elite" inchada dos seus pergaminhos e tantos pergaminhos manchados de nódoas. 2008 promete continuar no mesmo ritmo.  Dia após dia o mesmo filme, com algumas alterações de figuras secundárias, com cenas mais ou menos chocantes, o argumento manter-se-à. O espectáculo, feito Feira de Vaidades, vai continuar, dia após dia. A esperança é palavra morta... e ai de quem ouse invocá-la! cobrir-se-à de ridículo.

Fernando Pessoa definiu o nosso estado como país magistralmente:

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem. 
....
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro... 

sábado, 29 de dezembro de 2007

O Meu Pijama Novo

O meu novo pijama faz-me uma pergunta curiosa:

Do you believe in luck? destiny or fate?

Num tempo em que se assiste a crescentes dificuldades de comunicação, em que as conversas se limitam a alguns grunhidos, em que aqueles que ainda falam o fazem sobretudo para se ouvir a si próprios, entra-me pela porta  dentro um pijama que me pergunta se acredito na sorte, no destino, no fado. Um pijama que quer dialogar. Que ternura! Respondamos então: A sorte, ensinaram-me, dá muito trabalho. O destino constrói-se dia a dia, quanto ao fado (em tradução livre) é uma canção triste, que nos conta, dramas, tragédias, estados de alma, situações que provocámos por actos ou omissões.

No. I don't!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A Escolha de Um Nome

A poesia completa-me. Baptizar o meu espaço com palavras de um poema era inevitável. O “sacode as nuvens” surgiu naturalmente. Na Sophia encontro sempre o que procuro. Mais uma vez ela não me desiludiu.... até um cheirinho à minha actividade profissional o título sugere.

A filhota deu o principal empurrão. O filhão melhorá-lo-á... quando tiver um tempinho.


E cá estou. Não tenho ideias pré-determinadas. O blogue será o que forem os meus dias. Inquietações, reflexões, desabados, críticas, análises... poucas certezas e muitas dúvidas.

Sacode as nuvens

Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.


Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.



Sophia de Mello Breyner