segunda-feira, 24 de maio de 2010

longe dos sonhos infinitos

cabecalho2

Uma mulher sofisticada no crepúsculo da vida a braços com recordações dolorosas e memórias de um passado glorioso vê-se de súbito perante uma segunda oportunidade de amar, perdoar-se, rejuvenescer e começar de novo.

Autoria e Direcção – José Serradas

Uma ida ao Teatro é sempre mais, muito mais do que uma simples ida ao Teatro. É o relembrar os fragmentos do passado. É o reencontro com estilhaços de sonhos e paixões.  É a evasão para o sonho longínquo e infinito.

Bom! Vou trincar a maçã! A antítese sonho/realidade?

Parabéns ao Grupo e um Bravo especial para o encenador!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Banqueiros … tenham vergonha!

Quantas cartas recebi com ofertas de empréstimos! Quantos telefonemas! Até para a empresa tiveram a desfaçatez de me ligar.

As cartas rasguei-as. Aos telefonemas disse não.

E não só os Bancos, diga-se. O cerco às  poupanças era total. Até uma das lojas mais repetidas nos Centros Comerciais, me propôs a “oferta” de 5.000 euros em roupa … a crédito.

E agora queixam-se de que os portugueses não poupam. Eu poupo. Porra! Não cedi às vossas investidas.

Vocês são os primeiros culpados. Tenham, pois, vergonha na cara, srs banqueiros!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

É cansaço … é o estar existindo …

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos/Fernando Pessoa

É cansaço! Amanhã tudo recomeça. O urgente. O inadiável. O é para ontem. O processo de decisão sujeito a pressões. A decisão. A contestação. O meu cliente é mais importante que o dele. A minha carga é mais rentável, é muito densa. A dele é muito volumosa … a minha é mais pesada e ocupa menos espaço . A minha carga é regular, a dele é esporádica. Quem é mais importante?… quem controla a rentabilidade?

Enchem os voos e volta "a guerra” da definição de prioridades. O Tim não me perdoou ter considerado os instrumentos musicais da Shakira para Johannesburg prioridade absoluta… cedi ao Ignacio de Madrid e às suas razões … ganhei um melga, que não me larga do outro lado do Atlântico:

You have been very quiet lately and I have not heard back from you concerning the below.  The mobs are encircling the gates, and the gates will not hold forever, so before I have to concern myself with blood in the streets, please advise if you are able to grant my request below.  Remember, even on a Friday night, you can run, but you cannot hide!

Tem razão não me posso esconder. Amanhã lá estarei para mais uma maratona. afinal é:

É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais
.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

As nuvens de cinzas vulcânicas … hoje

Que desperdício de combustível para as contornar!

A situação está muito complicada … ainda. Os dias estão difíceis. Mais combustível a bordo, significa mais peso à descolagem e portanto menos peso para a carga a embarcar. A pressão dos clientes aumenta. É tudo muito urgente … E há quem não queira compreender que, aeroportos abertos não significa retorno à  normalidade.

Que mais nos irá acontecer!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Surpreendentes? Então os sábios da Economia não sabiam?… ou era para esconder debaixo do tapete?

A economia portuguesa cresceu no primeiro trimestre uns surpreendentes 1%, o que faz de Portugal o país com o crescimento mais forte em cadeia quer da Zona Euro, quer da União Europeia quer mesmo do mundo desenvolvido.

 

Jornal de Negócios

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Memorável

O Papa usou palavras duras para falar dos casos de pedofilia na Igreja Católica e disse que estes escândalos evidenciam que a "maior ameaça para a Igreja não vem de fora, de inimigos externos, mas do seu interior". 

“A Igreja tem uma profunda necessidade de voltar a aprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender o perdão, mas também a necessidade de justiça, já que o perdão não substitui a justiça", assegurou.


O Bispo de Roma afirmou ainda que, embora "o mal ataque, o bem está sempre presente, Cristo é mais forte que o mal e a bondade de Deus tem a última palavra na história.”

... só por isto já valeu a pena!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Adamastor, o Mostrengo e o Velho de Restelo II

Tiro-liro-liro

E juntaram-se os 3 à esquina

a tocar a concertina

                   a dançar o solidó!

(A propósito da brigada das Finanças no baile do medo no Palácio de Belém)

domingo, 9 de maio de 2010

O Adamastor, O Mostrengo e o Velho do Restelo

A par da nuvem de cinzas que nos sobrevoa, e que acabou de fechar o espaço aéreo português, cá em baixo o nevoeiro avança e a tempestade não dá sinais de amainar. O Adamastor dos Lusíadas e o Mostrengo da Mensagem aliaram-se ao velho do Restelo, e aí estão, em força, impedindo o sonho, a aventura, a epopeia.

O Adamastor:
(...)
C'um tom de voz nos fala horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo.
Arrepiam-se as carnes e o cabelo
A mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo.
(...)
Aqui espero tomar, se não me engano,
De quem me descobriu suma vingança;
E não se acabará só nisto o dano
(...)
Naufrágios, perdições de toda a sorte,

Que o menor mal de todos seja a morte.

O Mostrengo:

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,

E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
….

"Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?"



O Velho do Restelo

Que novos desastres determinas
de levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
debaixo dalgum nome proeminente?
Que promessas de reinos e de minas
d' ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?"

…..
Mísera sorte, estranha condição