Surge nos jornais, rádios e TVs uma endemia, epidemia ou pandemia – tudo pode acontecer rapidamente - de gripe suína com origem no México, familiar da gripe das aves que assustou meio mundo, há algum tempo atrás . Os média esforçam-se por nos amedrontar. As autoridades ficam alerta. Uma só suspeita é notícia de abertura de telejornais ... afinal o doente está bem. Afinal um outro caso não se confirma. Que pena! Uma boa notícia, não é uma notícia boa. No entanto, uma outra doença, a febre aftosa, a União Europeia e o país têm em agenda. Vamos divulgar por aí. A lei obriga. Não tragam produtos de origem animal nas vossas bagagens. Vídeos nos aviões. Folhetos em papel espalhados pelos aeroportos. Os jornais, rádios e TVs ... nada! A doença não é facilmente transmissível ... dizem os técnicos. A febre aftosa atinge ocasionalmente os humanos através da pele, através de feridas ou, mais excepcionalmente, por via digestiva. Alertemos então! Quem? os agentes de viagens, as transportadoras aéreas... Não era mais fácil um anúncio na TV ? A febre aftosa não é mediática?
Nós por cá temos que vencer a crise. Arriscar ou não arriscar? Vamos em frente! Com um golpe de sorte a iniciativa terá sucesso. A sorte protege os audazes. Então cá vamos! Hum...ai...ai... ai ... 50% de sucesso não é sucesso. Está aquém do desejado. Não é rentável. Há quem já tenha o coração a fraquejar ... e agora? Retroceder? Assumir o fracasso? Ainda é cedo dizem uns ... vamos aguardar . Isto não pode durar mais tempo, argumentam outros. E agora? Quem decide?
Afinal já todos perceberam, OMS incluída (muito gostam eles de aparecer nos telejornais), que a gripe está controlada. Notícias escaldantes, que agarrem os incautos precisam-se! O Freeport ainda tem muito para esgaravatar. Agarrem o Mota, não o deixem escapar. Afinal os terrenos à volta do futuro novo Aeroporto têm ligações ao escândalo BNP ... e curiosamente também ao Freeport. O Costa, abandonado na sua cela, sem poder e sem amigos, traído, decidiu falar. A expectativa está criada ... “ suspense “ também é notícia. Chamem-se os comentadores/palradores oficiais. São horas de entretenimento a baixo custo.
Mas porque é que a minha acividade nunca é low cost?
O ambiente não está saudável. Malditas novas instalações! Um bunker, sem luz natural e sem janelas. Algum humor... janelas só as da Maluda, coladas à parede. Obras ? Não pode ser! A nossa actividade não está licenciada... ainda. Os jurídicos aguardam ... Impensável! Espreitam-me à porta do gabinete: Eu não aguento mais ... vou apanhar ar! Dói-me a cabeça. Outra, tenho a garganta seca, vou ao posto médico... a Medicina do trabalho vem cá medir a qualidade do ar!
A professora está gravemente doente. Precisa de tratamento. Um pouco de compaixão pelos males alheios não nos ficará mal. Só não entendo como foi possível chegar àquele ponto! Uma sala de aula não pode e não deve ser um local fechado ao exterior. Não deveria ser precisa uma gravação. Haverá concerteza outros procedimentos legais. E os colegas e/ou amigos não notaram nada de estranho? Não viram os sinais? Não se disponibilizaram para a aconselhar? E a autoridade na escola por onde andava?
A solidão pode ser um cárcere. Sem luz e sem janelas.
O revolta do mercado está em crescendo. Taxas e mais taxas ... algumas em duplicado. Ninguém me ouve? Pois agora aí têm! Mais um dia de trabalho em dia de folga ... e um relatório de 3 páginas para lerem e DECIDIREM de vez!
O Marinho Pinto e a Manuela Moura Guedes marcaram encontro. Ambos sabiam ao que íam. Cada um escolheu a sua arma. Foi espectáculo com emoção e drama. As opiniões na nossa aldeia dividem-se de acordo com o posicionamento ideológico. A Manuela excedeu-se como é seu timbre.” O senhor é bufo ”. A borrasca era inevitável e o Marinho fez “chover em abundância”.
Continua ...
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