“… O pai de Krisztina acusou-me de ter sobrevivido… nós os dois sobrevivemos a uma mulher… tu, ao te ires embora, eu, ao ficar aqui. Sobrevivemos com cobardia ou com cegueira, com ressentimento ou com prudência, o facto é que sobrevivemos.
… Quem sobrevive ao outro é sempre traidor … Morreu, porque te foste embora, morreu porque eu fiquei e não me aproximei dela, morreu porque nós dois, homens a quem ela pertencia, fomos mais vis, orgulhosos, cobardes, barulhentos e silenciosos que o que um mulher podia suportar, porque fugimos dela e a traímos, porque lhe sobrevivemos.”
Sándor Mára
“As Velas arderam até ao fim” . Um livro com a etiqueta: a reler.
1 comentário:
I told you so. :-)
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