Esta malta nova não se sabe comportar. Alegam a franqueza em contraponto com a hipocrisia. Não se dominam, não aprenderam as regras básicas de convivência social. Faltou educação em casa. Faltou formação na escola. Curiosamente não são maus executantes e até aprendem rápido. Virer em harmonia em grupo é que não sabem. Os egos têm o tamanho do mundo. O querer do outro é um acessório dispensável.
Devido à impossibilidade de os juntar a todos – o trabalho por turnos impede-o – enviei um recado por email:
Caros colegas,
Alguns acontecimentos intergrupais, uns recentes, outros nem tanto, fizeram-me meditar um pouco. O que se segue pode ser demasiado básico e evidente para alguns, para outros penso que poderão ter alguma utilidade.
Podem acusar-me de moralista. À vontade! Os meus 40 anos de casa dão-me esse direito.
TRABAHAR EM GRUPO
A primeira lei do grupo é o auxílio fraterno, ao serviço da missão desse mesmo grupo. O grupo é forte e coeso quando todos aplicam os seus dons e capacidades, evitando rivalidades e intrigas.
Nada mais perigoso para a unidade de um grupo do que as críticas sistemáticas dum eterno descontente ou desconfiado. As críticas podem ser construtivas, quando cordiais, nunca quando disparadas em flecha e com azedume.
A atmosfera dum grupo em que cada elemento anda à espreita dos erros dos outros, depressa se torna irrespirável e atrofiante.
Querer elevar-se à custa dos outros, gostar de apontar as deficiências dum colega, é minar a unidade do grupo e torná-lo incapaz de realizar a sua missão.
É indispensável que cada um esteja motivado a não se deixar enredar em equívocos provenientes de desinteligências entre pessoas.
A franqueza não deve nunca ser brutal. Há pessoas mais sensíveis que outras. O trabalho em comum implica cortesia nos relacionamentos.
Numa equipa de trabalho deve fugir-se das dicussões violentas e das palavras irreparáveis, que são a marca dos que perdem o domínio de si próprios. É sempre possível o diálogo vivo sem perda de estima e respeito.
Em grupo devemos esforçarmo-nos por aperfeiçoar o nosso carácter, evitar amuos pueris, que só semeiam a divisão e a discórdia, e praticar a cordialidade, a cortesia e o bom humor.
Tudo isto porque não gostaria de ver nenhum membro da minha equipa de trabalho alvo de ostracismo generalizado.
Bom trabalho!
Este ano, a fase da avaliação do desempenho não vai ser uma mar de rosas. Vai haver “muita pedra para partir”.
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