terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Presidência – o texto e o subtexto

 

O  meu voto até hoje tem sido sempre convicto. Até quando votei em branco. Desta vez não será.

Alegre não me convence, falta-lhe o brilho da resposta certeira, a argumentação hábil, a profundidade nas ideias, a estratégia clara e inequívoca.Tem-se limitado a generalidades superficiais. Resta-lhe a voz, a dicção. Poderia ser um bom intérprete, falta-lhe  texto e subtexto . Quem diria? de um escritor? de um poeta? Tanto tempo para se preparar … e não o fez.

- Contra os mercados marchar! marchar!

- Pois. Está bem! Mas onde estão eles? a Norte? a Sul? Para onde é a marcha? Para a porta da Merkel? do Sarkosy? da City? E com que “armas” ? … E conselheiros? não tem? E uma ideia? um golpe de asa?  Algo que me convença? … definitivamente!

Cavaco é um enjoo. Já não suporto aquela rigidez facial,  a invocação da sua integridade moral, a superioridade face ao outro. Lembro a  mesquinhez de uma intriga mal encenada e desmacarada a tempo … e quantas ficaram envoltas na névoa dos dias?   À sua volta pressentem-se consensos interesseiros, negócios de “fartar vilanagem”, a avidez do poder. Um cabotino representando um texto e um subtexto, que não subscrevo.

-Quer explicações? Vá à internet! Leia o Expresso!

-Senhor professor, não somos seus alunos. Não somos seus súbditos ou vassalos … nem burros … já agora!

Num salvador da Pátria, num ungido … Não votarei!

Bem … ainda faltam uns dias … entretanto talvez cheguem uns dias de sol …

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