Com a mão direita, viril, faz a colecta a quem trabalha, com a mão esquerda, submissa, entrega-a ao empregador.
Com os pés faz um drible e o imposto especial só incide sobre o rendimento do trabalho. Os que vivem dos juros e dividendos do capital terão um Natal folgado. Os que vivem do seu salário são sacrificados no altar da crise.
Entretanto em nome da “liberdade de escolha” os colégios privados continuarão a receber subsídios e a seleccionar os seus alunos entre os melhores.
Os impostos sobre o consumo aumentarão amanhã ou depois. E pagarão todos. A contracção do consumo vai aumentar o desemprego.
Sr. Presidente repita lá outra vez:
- É preciso distribuir os sacrifícios.
- Mais alto. Parece que ninguém o ouve. E fica-se, Sr. Presidente?
Claro que fica …o Sr. PM é um neoliberal muito carinhoso, simpático e afável. Ninguém vai morrer de frio ou fome. As instituições de beneficiência irão distribuir roupas, calçado e alimentos. Voltamos ao país da caridadezinha. A dignidade da pessoa humana e a liberdade de escolha dos mais pobres são deitadas ao lixo. Só a dos outros, os dos colégios privados, é que é importante preservar.
Isto não é só ideologia. É também sacanice.
Que retrocesso civilizacional!
1 comentário:
se isto fosse o FB metia "gosto"
Não sei onde isto vai parar mas a #$%#& das agências de rating já fizeram uma previsão: lixo...
Enviar um comentário