Alguém dizia há pouco na TV: “Estamos hoje, e já estivemos tantas vezes, à beira do precipício mas nunca demos o passo em frente”.
Porquê? É um enigma por decifrar.
Serão os astros os nossos anjos-da-guarda? Guardar-nos-ão para o Quinto Império, como idealizou Pessoa? Apetece fechar os olhos e os ouvidos e sonhar alto, até ao céu.
“O que calcula que seja o futuro da raça portuguesa? — O Quinto Império. O futuro de Portugal — que não calculo, mas sei — está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo. Quem, que seja português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só nação, de uma só fé? … Absorvamos os deuses todos! Conquistámos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a terra para os Outros, os eternamente Outros, os Outros de nascença, os europeus que não são europeus porque não são portugueses. Ser tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma cousa! Criemos assim o Paganismo Superior, o Politeísmo Supremo! Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade”
No passado tivemos o Bandarra, que nos prometeu D. Sebastião e o Fernando Pessoa que nos legou o Quinto Império. Hoje, desgraçadamente, temos Medinas Carreiras que nos garantem o abismo, o nada, o inferno. Já alí. Tão perto.
A verdade é que o “o sonho comanda a vida”, e “amanhã será um novo dia”.
Até lá!
Sem comentários:
Enviar um comentário