sexta-feira, 19 de março de 2010

O PEC

Entre a espada e a parede, Sócrates, forçado, escolheu a parede, resignando-se à perda de soberania. Os ditames vieram do exterior, eu sei. Era  inevitável, dizem. Não sei se era. Há que realçar que os profetas da desgraça locais, quais Miguéis de Vasconcelos, ajudaram à “festa”.

As ajudas sociais são essenciais à sobrevivência de muitos compatriotas com dignidade. Não dispenso a nobreza da generosidade para com os mais fracos e desemparados. Não concordo com cortes cegos.

Quanto à parte que me toca, tenho a certeza que um abrute alemão com asas vai estar muito interessado na compra de uma certa empresa. Há muito que  cobiça parte importante do nosso património. A sua actuação  no mercado, nas grandes ou pequenas opções, nem sequer é subtil. A sua avidez pelo domínio dos céus não tem limites.

O desrespeito continuado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento pode obrigar, “no limite”, à expulsão de um país do grupo da moeda única, admitiu esta quarta-feira a chanceler alemã Angela Merkel

É preciso estar atento a esta ameaça. Parceiros desta senhora já sugeriram à Grécia a venda de território nacional, humilhando assim um povo, que merece o maior respeito quer pela história milenar quer pelo legado cultural. A Portugal vão querer comprar as asas com que voa por esse mundo fora.

(A minha secreta esperança é que tudo isto seja só para “Alemão” ver. Até pode ser que “um golpe de asa”, acelere o crescimento e o PEC fique pelo caminho. Quem sabe? Tavez o V Império esteja já aí ao virar da esquina. Ainda é permitido sonhar? o pensamento ainda é livre?  ou já não?)

Não há machado que corte
a raiz ao pensamento:
não há morte para o vento,
não há morte.

Se ao morrer um coração
morresse a luz que lhe é querida,
sem razão seria a vida,
sem razão.

Nada apaga a luz que vive
num amor, num pensamento,
porque é livre como o vento,
porque é livre.

Carlos Oliveira

Bons sonhos!

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