sábado, 4 de junho de 2011

O meu voto

O Partido Socialista de José Sócrates  errou, algumas vezes. Resignou-se  à alta pressão das corporações mais poderosas. Faltou-lhe a força de uma maioria e o  lema, antes quebrar que torcer, foi,aqui e ali,  abandonado .  

Ausente esteve também a independência da Comunicação Social, nas mãos da direita dos interesses, que fez coro e aplaudiu até à náusea os lobbies.

Omnipresentes estiveram sempre os profetas da desgraça, os comentadores encartados, das reformas e ordenados milionários a clamar por menos direitos para os que estão muito abaixo na escala social. Uns “sábios” carunchosos a vomitar insistentemente  ódio a Sócrates.

A crise internacional foi ignorada e transformada em crise doméstica. Acredito que a História fará justiça quanto à atribuição da culpa desta crise financeira, económica e social, num país frágil e sem grandes recursos.  Um dia, alguém isento e  de olhos abertos,  ensinará que a crise foi provocada pelas instituições financeiras, pelos Bancos e Agências de rating, que especularam na senda do lucro fácil, agravando as condições sócio-económicas dos mais fracos. Um dia todos acreditarão que nestes conturbados tempos a Política e a Democracia se ajoelharam perante o Deus da Finança.

Perspectiva-se que a Europa solidária dê brevemente o seu último suspiro.  As “ajudas” humilhantes,  com taxas de juro usurárias atrasarão irremediavelmente os avanços tecnológicos, económicos e sociais. Incidentes, como o das férias dos países do Sul ou o dos pepinos de Espanha não são circunstanciais. São um sinal dos tempos.

Com a troika a vigiar e o PSD ávido de poder a situação vai piorar. As lapas das corporações estão todas lá, e não vão arredar pé, cobrando os apoios. As vinganças e os ódios indisfarçados vão espalhar-se como uma epidemia.

Abomino os ataques  de carácter. Detesto ataques rasteiros.

Não sou liberal. Sou de esquerda. Voto Partido Socialista. Porquê ?  Porque sim! 

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