O Partido Socialista de José Sócrates errou, algumas vezes. Resignou-se à alta pressão das corporações mais poderosas. Faltou-lhe a força de uma maioria e o lema, antes quebrar que torcer, foi,aqui e ali, abandonado .
Ausente esteve também a independência da Comunicação Social, nas mãos da direita dos interesses, que fez coro e aplaudiu até à náusea os lobbies.
Omnipresentes estiveram sempre os profetas da desgraça, os comentadores encartados, das reformas e ordenados milionários a clamar por menos direitos para os que estão muito abaixo na escala social. Uns “sábios” carunchosos a vomitar insistentemente ódio a Sócrates.
A crise internacional foi ignorada e transformada em crise doméstica. Acredito que a História fará justiça quanto à atribuição da culpa desta crise financeira, económica e social, num país frágil e sem grandes recursos. Um dia, alguém isento e de olhos abertos, ensinará que a crise foi provocada pelas instituições financeiras, pelos Bancos e Agências de rating, que especularam na senda do lucro fácil, agravando as condições sócio-económicas dos mais fracos. Um dia todos acreditarão que nestes conturbados tempos a Política e a Democracia se ajoelharam perante o Deus da Finança.
Perspectiva-se que a Europa solidária dê brevemente o seu último suspiro. As “ajudas” humilhantes, com taxas de juro usurárias atrasarão irremediavelmente os avanços tecnológicos, económicos e sociais. Incidentes, como o das férias dos países do Sul ou o dos pepinos de Espanha não são circunstanciais. São um sinal dos tempos.
Com a troika a vigiar e o PSD ávido de poder a situação vai piorar. As lapas das corporações estão todas lá, e não vão arredar pé, cobrando os apoios. As vinganças e os ódios indisfarçados vão espalhar-se como uma epidemia.
Abomino os ataques de carácter. Detesto ataques rasteiros.
Não sou liberal. Sou de esquerda. Voto Partido Socialista. Porquê ? Porque sim!
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